Apesar de fazer uma viagem no tempo ao percorrer todo o interior do Restaurante Augusto, na Rua Floriano Peixoto, não há mais como sonhar com a reabertura do estabelecimento. O Augusto, que funcionou de maio de 1968 a 30 de janeiro de 2019, não vai mais reabrir. Segundo Fernanda Fank, filha do fundador, após a morte do pai, em dezembro de 2015, e o falecimento de seu marido, Marco Fank, em 2018, que era o responsável pela cozinha e finalizava muitos pratos, ficou inviável manter aberto o restaurante. Sem Marco, que era o coração da cozinha, e com a necessidade de fazer uma ampla reforma no prédio de 50 anos, ficava difícil tocar o negócio, que consumia um grande envolvimento da família: além de não ter domingos e feriados e ficar aberto até tarde, era preciso cuidar de todas as questões burocráticas, estrutura, compras e pagamentos.
Hoje, todo o espaço está à venda: isso inclui o edifício do restaurante e o prédio com oito apartamentos, que fica em frente e é da família, além da ampla área de estacionamento ao lado. Os imóveis ficam numa área nobre da cidade, na Rua Floriano Peixoto, a três quadras do Calçadão. Chegou a haver sondagem para venda, mas até agora, nenhum negócio foi fechado.
Para a família, a venda tem de ser de toda a área, pois não compensaria negociar de forma separada. E um eventual aluguel do restaurante para reabri-lo dependeria de uma grande reforma e contrato a longo prazo, que não é interesse dos filhos de seu Augusto, que veio de Portugal para Santa Maria para ajudar o pai, Manoel, aos 21 anos, e deixou marcado seu nome na história da cidade e Estado.
